Apesar de ser mais comum em adultos e idosos, o reumatismo atinge também crianças e adolescentes de todas as idades.
As doenças reumáticas são doenças crônicas complexas e podem acometer desde as articulações até órgãos mais nobres como os rins e coração.
A reumatologia pediátrica se dedica a cuidar destes pacientes, buscando diagnosticar e tratar precocemente crianças e adolescentes com reumatismo afim de evitar a ocorrência de sequelas que podem impactar em seu futuro.
Investigação das principais doenças reumatológicas na infância através de exames laboratoriais e de imagem solicitados com muita prudência, evitando exames invasivos desnecessários e buscando sempre o diagnóstico compatível com o quadro apresentado pelo paciente.
Indicação do melhor tratamento para cada condição clínica segundo os protocolos nacionais e internacionais, preservando sempre a individualidade de cada criança, as características e a gravidade de cada doença.
Respeito e apreço pela infância e adolescencia, fases de intenso desenvolvimento físico e psico-social, com particularidades que influenciam na evolução da doença e na escolha do tratamento mais adequado. As doenças reumáticas na infância são muito diferentes das doenças reumáticas em adultos e, neste quesito, a formação em pediatria associada à reumatologia é um importante diferencial.
O atendimento de crianças e adolescentes com suspeita ou diagnóstico de doenças reumatológicas requer tempo e atenção.
Para que seja possível uma avaliação completa, a consulta é agendada com tempo estendido e sem pressa, o que permite uma entrevista completa, exame físico pormenorizado e solicitação dos exames mais adequados, quando pertinente.
Da mesma forma são discutidos e esclarecidos os detalhes a respeito dos tratamentos disponíveis, doses e possíveis efeitos colaterais.
Cada consulta permite um retorno no tempo de até 45 dias para reavaliação, sendo também disponibilizado um contato para eventuais dúvidas.
Sou mineira de nascimento e me graduei em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo em 2010. Em 2011 me mudei para São Paulo e iniciei a residência de Pediatria na Escola Paulista de Medicina-UNIFESP, instituição pela qual mantenho grande admiração e que me auxiliou a construir uma base teórica ampla e sólida, sempre com um olhar humano e empático para os pequenos pacientes que precisam de cuidados médicos. Foi durante a residência de pediatria que desenvolvi uma preferência pelas doenças de diagnóstico complexo e que exigiam um conhecimento diferenciado por parte da equipe médica.
Assim, em 2013, optei pela residência em Reumatologia pediátrica tabém na UNIFESP, especialidade que exerço com grande amor e dedicação.
Em 2016, mudei-me para são José do Rio Preto, cidade que hoje tenho como meu lar e onde construí minha família.
Hoje atuo como chefe da Disciplina de Reumatologia Pediátrica e professora da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP.
Além dos atendimentos aos pacientes, tenho também forte inclinação pela área acadêmica e científica. Participo da produção de estudos para revistas médicas, de comissões das Sociedades Brasileira e Paulista de Reumatologia, ministro aulas em cursos e congressos nacionais e estou completando meu doutorado em Saúde Baseada em Evidências pela UNIFESP.
Sim, e com bastante frequencia.
O termo “reumatismo” faz referência a um grupo de várias doenças diferentes que são também conhecidas como “doenças autoimunes”, e se caracterizam pela inflamação que pode acometer qualquer órgão do corpo, tais como as articulações, ossos, músculos, pele, os rins, e outros.
Existem doenças reumatológicas agudas e crônicas.
Dentre as agudas, as mais frequentes são a Febre Reumática e as vasculites como a Púrpura de Henoch-Schonlein e a Doença de Kawasaki.
Dentre as crônicas, a mais frequente é a Artrite Reumatóide Juvenil (também chamada Artrite idiopática juvenil) e o Lúpus juvenil.
E existem também as doenças não-inflamatórias, mas que cursam com dor músculo-esquelética crônica, como a Fibromialgia juvenil, a dor do crescimento e a Síndrome da Hipermobilidade.
As queixas mais frequentes são o inchaço de uma ou mais articulações, fraqueza e dificuldade de caminhar ou movimentar os membros, dores constantes e que não melhoram com o uso de medicamentos anti-inflamatórios.
Outros sintomas importantes são a ocorrência de febre prolongada por dias ou semanas, sem causa aparente, assim como alterações na pele (como vermelhidão, úlceras, necroses), alterações na urina (presença de sangue, por exemplo), alterações cardíacas ou pulmonares, aumento do baço e do fígado.